As nossas opiniões ficaram registadas na última cartolina do painel.
Um blogue criado para divulgar o desenvolvimento do projeto da turma do 6.º D.
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sexta-feira, 16 de junho de 2017
Conclusão do projeto
No final do nosso trabalho de projeto, tivemos uma aula sobre as lições aprendidas: avaliámos o trabalho feito, a forma como o fizemos, o que aprendemos com o trabalho e com o método de trabalho – o trabalho de projeto e a sua gestão –, o que faríamos de diferente se voltássemos a fazer. Falámos sobre o que foi mais difícil e aquilo de que gostámos mais.
As nossas opiniões ficaram registadas na última cartolina do painel.
Se quiserem saber quais foram, podem espreitar aqui.
As nossas opiniões ficaram registadas na última cartolina do painel.
25 de Abril – a construção da democracia
O Programa do MFA (Movimento das Forças Armadas) apontava três objetivos fundamentais:
DemocratizarDescolonizar
Desenvolver
A Constituição democrática foi aprovada no dia 2 de abril de 1976.
Democracia é o regime onde há lugar ao exercício dos direitos fundamentais de liberdade e de participação política.
Depois de 25 de Abril de 1974, realizaram-se as eleições para a Assembleia Constituinte.
Depois de 25 de Abril de 1974, realizaram-se as eleições para a Assembleia Constituinte.
As eleições para a Assembleia Constituinte foram as primeiras eleições verdadeiramente livres realizadas em Portugal.
Assembleia Constituinte |
Realizaram-se no dia 25 de Abril de 1975, um ano depois da Revolução. Votaram 5.711.829 pessoas, uma participação de 91,66% dos eleitores.
A função da Assembleia Constituinte era fazer a Constituição. A Constituição é a principal lei do país.
A função da Assembleia Constituinte era fazer a Constituição. A Constituição é a principal lei do país.
A Constituição democrática foi aprovada no dia 2 de abril de 1976.
As primeiras eleições presidenciais portuguesas, após o 25 de abril de 1974, foram em 27 de junho de 1976.
Concorreram 4 candidatos, tendo vencido o general António Ramalho Eanes.
O 25 de Abril de 1974 marcou, portanto, o início de um período de paz e de liberdade que ainda hoje vivemos.
Concorreram 4 candidatos, tendo vencido o general António Ramalho Eanes.
O 25 de Abril de 1974 marcou, portanto, o início de um período de paz e de liberdade que ainda hoje vivemos.
Violência política e social na 1.ª República
O novo regime não conseguiu concretizar muitas das ideias que defendia.
Houve muito descontentamento e situações de violência na vida política e social. Vejamos exemplos:
1916:
28 de maio - Censura prévia de todas as publicações e da correspondência enviada para países estrangeiros e para as colónias enquanto durar a guerra. Dissolução de todas as organizações sindicais que se manifestaram contra a entrada de Portugal na guerra.
1918:
16 de outubro - O transporte de um grupo de presos, em Lisboa, provoca um tiroteio, com morte de algumas pessoas. Ficou conhecido como a ”leva da morte”.
abril e maio - Vaga de greves: metalúrgicos, caminhos-de-ferro, cesteiros, alfaiates, serviços camarários, carris, companhia das águas, greve geral. Prisões de grevistas, encerramento da União Operaria Nacional.
31 de julho - Novas perseguições aos católicos.
15 de agosto - Durante uma greve dos ferroviários explodem bombas na estação do Rossio, há tiros no Entroncamento e descarrilamentos de comboios. Tumultos em Lisboa. 1920:
janeiro - Prosseguem as greves, os atentados bombistas e os assaltos a jornais que nenhum governo consegue controlar. Surgem as revoltas da fome, tumultos que se propagam a todo o país.
19 de outubro - Dá-se o atentado que ficou conhecido como «noite sangrenta». Políticos e militares, como António Granjo, Machado dos Santos, Carlos da Maia, Freitas da Silva, Botelho de Vasconcelos, são assassinados e o assassino de Sidónio Pais é libertado e homenageado.
1923:
10 de dezembro - Movimento revolucionário radical contra o governo: os chefes da revolta são presos, mas o governo pede demissão.22 de fevereiro - Manifestação contra ao aumento do custo de vida, que acaba numa tentativa de invasão de parlamento.
1926:
28 de maio – Os militares organizam um golpe militar e impõem uma ditadura que durou até 1933.
Golpe militar de 28 de maio de 1926 |
Regicídio
Em 1907, quando o rei era D. Carlos, o chefe de Governo, João Franco, começou a governar em ditadura.
Essa forma de governo criava condições para uma tentativa revolucionária republicana, o que aconteceu em finais de janeiro de 1908.
O Governo pôs na prisão os vários republicanos suspeitos como implicados.
Para intensificar a repressão o Governo preparou um decreto que permitiu expulsar do país ou deportar para o ultramar os culpados do crime contra a segurança do estado.
No dia 1 de fevereiro de 1908, Manuel Buíça e Alfredo Costa, dois republicanos que pertenciam a uma sociedade secreta, a Carbonária, fizeram um atentado contra o rei D. Carlos e o seu herdeiro, o príncipe D. Luís Filipe.
Quando a família real se dirigia para o Palácio das Necessidades, numa carruagem aberta, logo no início do percurso, deu-se o atentado.
Os conspiradores aguardavam a passagem da comitiva real no Terreiro do Paço, vinda do sul do país.
Depois da morte do rei e do seu filho mais velho, subiu ao trono o filho mais novo de D. Carlos, D. Manuel.
D. Carlos |
João Franco
Essa forma de governo criava condições para uma tentativa revolucionária republicana, o que aconteceu em finais de janeiro de 1908.
O Governo pôs na prisão os vários republicanos suspeitos como implicados.
Para intensificar a repressão o Governo preparou um decreto que permitiu expulsar do país ou deportar para o ultramar os culpados do crime contra a segurança do estado.
Quando a família real se dirigia para o Palácio das Necessidades, numa carruagem aberta, logo no início do percurso, deu-se o atentado.
D. Carlos e o príncipe D. Luís Filipe foram mortos a tiro.
Os regicidas foram abatidos na local.
Os regicidas foram abatidos na local.
D. Manuel II |
D. Manuel II foi o último rei de Portugal. A 5 de outubro de 1910 foi implantada a república.
Condições de trabalho e de vida dos operários
Na segunda metade do século XIX desenvolveu-se a indústria. Muitas pessoas deixaram o campo e foram trabalhar para as cidades, para as fábricas, tornando-se operários.
Os operários são os trabalhadores manuais da indústria e da construção que trabalham para um patrão.
Trabalhavam muitas horas por dia, 12 ou mais, incluindo as mulheres e as crianças. A jornada podia começar às 5.30 ou 6 horas e terminava às 20 ou 21 horas.
Os salários eram baixos e não eram certos. O trabalho também não era certo, era muitas vezes à tarefa, sem contratos, e acontecia facilmente os trabalhadores serem despedidos. Pôr os operários no desemprego de um momento para o outro não era considerado uma falta às regras sociais.
«A instabilidade é praticamente a regra, mesmo no final do século - o emprego e a mão-de-obra são por definição instáveis.»
Muitas vezes, os operários iam trabalhar com a mulher e os filhos na mesma fábrica. Inicialmente, as mulheres faziam, sobretudo, tarefas raramente mecanizadas. As crianças faziam as tarefas mais simples e de apoio aos adultos. As crianças começavam a trabalhar a partir dos 8 anos ou ainda mais cedo.
Em França, um decreto de 1813 proibia o emprego de crianças com menos de 10 anos no fundo da mina.
Nas minas, o trabalho das crianças era indispensável: havia secções onde só os mais pequenos cabiam. Transportavam as madeiras para sustentação, faziam a triagem dos blocos de carvão, compunham os aterros, punham óleo nos vagões, empurravam-nos ao longo dos túneis, abriam e fechavam as portas de arejamento e faziam recados aos mineiros.
Na fábrica «o jovem forma-se a si próprio, olhando, experimentando sucessivamente os trabalhos mais complexos.»
O trabalho produtivo dos mais “fracos”, aqueles que não faziam trabalhos que exigiam força física, era mal pago: as mulheres ganhavam cerca de metade do salário dos homens. As crianças ganhavam aproximadamente um quarto e o seu horário era igual aos dos adultos.
O ambiente da fabrica era sujo, com detritos, óleos, fuligem, serradura, produtos químicos, múltiplos dejetos, etc.
Não havia sistemas de segurança nas máquinas e eram muitos os acidentes. Quem estava mais exposto aos perigos eram as crianças.
Os operários viviam em aglomerados nas periferias das cidades ou em bairros operários construídos para eles. Os salários eram gastos quase totalmente na renda da casa e na alimentação. Era importante todo o dinheiro que a família ganhava.
Introdução
Os direitos (des)humanos na
História Contemporânea de Portugal
Houve quem no tempo das ditaduras tivesse sido preso por ter expressado as suas ideias, e tivesse defendido o povo e a liberdade.
Houve muita gente desconhecida que se bateu para que as pessoas tivessem uma vida digna.
No trabalho que fizemos, que aqui apresentamos e que também está exposto na escola, nós estudámos esses acontecimentos e essas pessoas.
Gomes Freire Andrade, morreu a lutar pelos direitos e pela liberdade do próximo. D. Pedro lutou pela liberdade, de modo a que Portugal fosse um regime liberal e a sua filha pudesse governar Portugal.
Houve quem no tempo das ditaduras tivesse sido preso por ter expressado as suas ideias, e tivesse defendido o povo e a liberdade.
Houve muita gente desconhecida que se bateu para que as pessoas tivessem uma vida digna.
No trabalho que fizemos, que aqui apresentamos e que também está exposto na escola, nós estudámos esses acontecimentos e essas pessoas.
quinta-feira, 8 de junho de 2017
O Estado Novo e a repressão
Depois da queda da 1.ª República, em 28 de maio de 1926, com um golpe militar, é instaurada, em Portugal, uma ditadura que durará 48 anos. O Parlamento foi encerrado e deixou de haver liberdade.
Em 1932 Salazar foi nomeado Presidente do Conselho e, no ano seguinte, apresentou uma Constituição que foi aprovada, conseguindo amplos poderes. Foi assim criado o Estado Novo, um regime repressivo.
A repressão é um tipo de acção tomada por parte do Estado para conter e calar manifestações de oposição ao regime estabelecido.
A repressão era exercida, sobretudo, por uma polícia política que, em 1933, tinha o nome de PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), em 1945 era denominada PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) e, em 1969, DGS (Direção-Geral de Segurança).
Mas havia outras forças policiais que também tinham essa função.
Todos aqueles de quem se suspeitava alguma manobra contra o regime eram afastados e condenados sem provas.
Eram constantes as perseguições, prisões, torturas e mortes.
Existiam prisões políti-cas em Lisboa (Aljube – 1933 - 1966), Forte de Peniche (1934 - 1974), Forte de Caxias (1936/7 – 1974) e Colónia Penal de Cabo Verde, no Tarrafal, denominada pelos próprios presos como “Campo da Morte Lenta” (1936 - 1954).
Os presos ficavam incomunicáveis e não tinham direito a visitas de família nem dos advogados.
A repressão só terminou com o 25 de abril.
Em 1932 Salazar foi nomeado Presidente do Conselho e, no ano seguinte, apresentou uma Constituição que foi aprovada, conseguindo amplos poderes. Foi assim criado o Estado Novo, um regime repressivo.
António de Oliveira Salazar |
A repressão é um tipo de acção tomada por parte do Estado para conter e calar manifestações de oposição ao regime estabelecido.
A repressão era exercida, sobretudo, por uma polícia política que, em 1933, tinha o nome de PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), em 1945 era denominada PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) e, em 1969, DGS (Direção-Geral de Segurança).
Mas havia outras forças policiais que também tinham essa função.
Todos aqueles de quem se suspeitava alguma manobra contra o regime eram afastados e condenados sem provas.
Eram constantes as perseguições, prisões, torturas e mortes.
Existiam prisões políti-cas em Lisboa (Aljube – 1933 - 1966), Forte de Peniche (1934 - 1974), Forte de Caxias (1936/7 – 1974) e Colónia Penal de Cabo Verde, no Tarrafal, denominada pelos próprios presos como “Campo da Morte Lenta” (1936 - 1954).
Prisão de Peniche |
Os presos ficavam incomunicáveis e não tinham direito a visitas de família nem dos advogados.
A repressão só terminou com o 25 de abril.
O abolicionismo
Durante o século XVIII desenvolveu-se o abolicionismo, um movimento político que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos.
Portugal foi pioneiro no abolicionismo.
Em 1761, um alvará do rei D. José I determinava a liberdade total dos índios do Brasil.
Em 1771, em Portugal, o ministro do rei D. José, Marquês de Pombal, proibiu a escravatura no Reino (Portugal Continental): todos os filhos de escravos nascidos no Reino seriam livres.
Mas muitos negreiros continuaram a fazer transporte dos escravos africanos para o Brasil e para a América espanhola.
Em 1815, Portugal comprometeu-se em acabar com o tráfico de escravos a norte do Equador.
Um decreto de 10 de dezembro de 1836 proibiu a importação e exportação de escravos nas colónias portuguesas a sul do Equador.
Outras leis foram sendo feitas nos reinados de D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís, porque o tráfico continuava, pois dava muitos lucros.
A 23 de fevereiro de 1869, produziu-se, finalmente, a abolição "prática" e completa da escravatura no Império Português.
Escravatura
Escravatura é a existência de seres humanos que, pela força, são propriedade de outros e que vivem sem direitos
Os donos ou os comerciantes de escravos podiam comprar, vender, dar ou trocar os escravos.
O preço dos escravos variava conforme as suas condições físicas, habilidades profissionais, idade, procedência e destino.
O preço dos escravos variava conforme as suas condições físicas, habilidades profissionais, idade, procedência e destino.
O primeiro lote de escravos africanos transportados para Portugal foram os que a tripulação do navegador Antão Gonçalves comprou na costa do Arguim em 1441.
O desenvolvimento do comércio de escravos, com envolvimento de portugueses, aconteceu no século XVII e XVIII, com o comércio dos escravos africanos para o Brasil.
Os escravos brasileiros eram usados como mão-de-obra nas plantações e nos engenhos de açúcar, nas minas e nas plantações de outros produtos, como o café e o tabaco.
O desenvolvimento do comércio de escravos, com envolvimento de portugueses, aconteceu no século XVII e XVIII, com o comércio dos escravos africanos para o Brasil.
Os escravos brasileiros eram usados como mão-de-obra nas plantações e nos engenhos de açúcar, nas minas e nas plantações de outros produtos, como o café e o tabaco.
O transporte dos escravos era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros.
Os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, de catorze a dezasseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia).
Amontoados, em condições desumanas, no começo muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Por isso, o cuidado com o transporte de escravos aumentou para que não houvesse prejuízo com a sua perda.
Os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, de catorze a dezasseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia).
Passavam as noites nas senzalas (construções escuras, húmidas e com pouca higiene), acorrentados, para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente (quando um escravo se distraía no trabalho ou por outros motivos, eram amarrados em um tronco de árvore e açoitados, às vezes, até perderem os sentidos). O açoite era a punição mais comum no Brasil.
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