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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Conclusão do projeto

No final do nosso trabalho de projeto, tivemos uma aula sobre as lições aprendidas: avaliámos o trabalho feito, a forma como o fizemos, o que aprendemos com o trabalho e com o método de trabalho – o trabalho de projeto e a sua gestão –, o que faríamos de diferente se voltássemos a fazer. Falámos sobre o que foi mais difícil e aquilo de que gostámos mais.

As nossas opiniões ficaram registadas na última cartolina do painel.


Se quiserem saber quais foram, podem espreitar aqui.


A escravatura

Apresentação sobre a escravatura


A difícil implantação do liberalismo

A revolução liberal


A Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos


As condições de trabalho e de vida dos operários no século XIX

As condições de trabalho e de vida dos operários no século XIX


A luta pela liberdade durante a ditadura do Estado Novo

Apresentação sobre a luta pela liberdade no Estado Novo


Regicídio - apresentação

Apresentação sobre o Regicídio


25 de abril - apresentação

Apresentação sobre o 25 de abril de 1974


25 de Abril – a construção da democracia




Revolução de 25 de Abril de 1974 tinha como objetivo pôr fim à ditadura e iniciar a democracia.
O Programa do MFA (Movimento das Forças Armadas) apontava três objetivos fundamentais: 
Democratizar
Descolonizar 
Desenvolver


Democracia é o regime onde há lugar ao exercício dos direitos fundamentais de liberdade e de participação política. 

Depois de 25 de Abril de 1974, realizaram-se as eleições para a Assembleia Constituinte.

As eleições para a Assembleia Constituinte foram as primeiras eleições verdadeiramente livres realizadas em Portugal. 

Assembleia Constituinte
Realizaram-se no dia 25 de Abril de 1975, um ano depois da Revolução. Votaram 5.711.829 pessoas, uma participação de 91,66% dos eleitores. 

A função da Assembleia Constituinte era fazer a Constituição. A Constituição é a principal lei do país.

Palácio de S. Bento, local onde funcionou a Assembleia Constituinte e funciona a Ass. da República

A Constituição democrática foi aprovada no dia 2 de abril de 1976.


As primeiras eleições presidenciais portuguesas, após o 25 de abril de 1974, foram em 27 de junho de 1976.
Concorreram 4 candidatos, tendo vencido o general António Ramalho Eanes.

O 25 de Abril de 1974 marcou, portanto, o início de um período de paz e de liberdade que ainda hoje vivemos. 



Violência política e social na 1.ª República



O novo regime não conseguiu concretizar muitas das ideias que defendia.
Houve muito descontentamento e situações de violência na vida política e social. Vejamos exemplos:

1916:
28 de maio - Censura prévia de todas as publicações e da correspondência enviada para países estrangeiros e para as colónias enquanto durar a guerra. Dissolução de todas as organizações sindicais que se manifestaram contra a entrada de Portugal na guerra.

1918:
16 de outubro - O transporte de um grupo de presos, em Lisboa, provoca um tiroteio, com morte de algumas pessoas. Ficou conhecido como a ”leva da morte”.



11 de dezembro – O Presidente da República, Sidónio Pais, é assassinado na estação do Rossio, em Lisboa.

1919: 
abril e maio - Vaga de greves: metalúrgicos, caminhos-de-ferro, cesteiros, alfaiates, serviços camarários, carris, companhia das águas, greve geral. Prisões de grevistas, encerramento da União Operaria Nacional.


31 de julho - Novas perseguições aos católicos. 
15 de agosto - Durante uma greve dos ferroviários explodem bombas na estação do Rossio, há tiros no Entroncamento e descarrilamentos de comboios. Tumultos em Lisboa.

1920:
janeiro - Prosseguem as greves, os atentados bombistas e os assaltos a jornais que nenhum governo consegue controlar. Surgem as revoltas da fome, tumultos que se propagam a todo o país.

1921:
19 de outubro - Dá-se o atentado que ficou conhecido como «noite sangrenta». Políticos e militares, como António Granjo, Machado dos Santos, Carlos da Maia, Freitas da Silva, Botelho de Vasconcelos, são assassinados e o assassino de Sidónio Pais é libertado e homenageado.


1923: 
10 de dezembro - Movimento revolucionário radical contra o governo: os chefes da revolta são presos, mas o governo pede demissão.

1924:
22 de fevereiro - Manifestação contra ao aumento do custo de vida, que acaba numa tentativa de invasão de parlamento.

1926:
28 de maio – Os militares organizam um golpe militar e impõem uma ditadura que durou até 1933.

Golpe militar de 28 de maio de 1926

Regicídio

Em 1907, quando o rei era D. Carlos, o chefe de Governo, João Franco, começou a governar em ditadura.

D. Carlos

João Franco 

Essa forma de governo criava condições para uma tentativa revolucionária republicana, o que aconteceu em finais de janeiro de 1908.

O Governo pôs na prisão os vários republicanos suspeitos como implicados.
Para intensificar a repressão o Governo preparou um decreto que permitiu expulsar do país ou deportar para o ultramar os culpados do crime contra a segurança do estado.



No dia 1 de fevereiro de 1908, Manuel Buíça e Alfredo Costa, dois republicanos que pertenciam a uma sociedade secreta, a Carbonária, fizeram um atentado contra o rei D. Carlos e o seu herdeiro, o príncipe D. Luís Filipe.
Quando a família real se dirigia para o Palácio das Necessidades, numa carruagem aberta, logo no início do percurso, deu-se o atentado.



Os conspiradores aguardavam a passagem da comitiva real no Terreiro do Paço, vinda do sul do país.

D. Carlos e o príncipe D. Luís Filipe foram mortos a tiro.

Os regicidas foram abatidos na local.
D. Manuel II


Depois da morte do rei e do seu filho mais velho, subiu ao trono o filho mais novo de D. Carlos, D. Manuel.
D. Manuel II foi o último rei de Portugal. A 5 de outubro de 1910 foi implantada a república.


Condições de trabalho e de vida dos operários



Na segunda metade do século XIX desenvolveu-se a indústria. Muitas pessoas deixaram o campo e foram trabalhar para as cidades, para as fábricas, tornando-se operários. 
Os operários são os trabalhadores manuais da indústria e da construção que trabalham para um patrão.


Trabalhavam muitas horas por dia, 12 ou mais, incluindo as mulheres e as crianças. A jornada podia começar às 5.30 ou 6 horas e terminava às 20 ou 21 horas. 
Os salários eram baixos e não eram certos. O trabalho também não era certo, era muitas vezes à tarefa, sem contratos, e acontecia facilmente os trabalhadores serem despedidos. Pôr os operários no desemprego de um momento para o outro não era considerado uma falta às regras sociais.
«A instabilidade é praticamente a regra, mesmo no final do século - o emprego e a mão-de-obra são por definição instáveis.»


Muitas vezes, os operários iam trabalhar com a mulher e os filhos na mesma fábrica. Inicialmente, as mulheres faziam, sobretudo, tarefas raramente mecanizadas. As crianças faziam as tarefas mais simples e de apoio aos adultos. As crianças começavam a trabalhar a partir dos 8 anos ou ainda mais cedo.
Em França, um decreto de 1813 proibia o emprego de crianças com menos de 10 anos no fundo da mina.


Nas minas, o trabalho das crianças era indispensável: havia secções onde só os mais pequenos cabiam. Transportavam as madeiras para sustentação, faziam a triagem dos blocos de carvão, compunham os aterros, punham óleo nos vagões, empurravam-nos ao longo dos túneis, abriam e fechavam as portas de arejamento e faziam recados aos mineiros. 


Na fábrica «o jovem forma-se a si próprio, olhando, experimentando sucessivamente os trabalhos mais complexos.»

O trabalho produtivo dos mais “fracos”, aqueles que não faziam trabalhos que exigiam força física, era mal pago: as mulheres ganhavam cerca de metade do salário dos homens. As crianças ganhavam aproximadamente um quarto e o seu horário era igual aos dos adultos.

O ambiente da fabrica era sujo, com detritos, óleos, fuligem, serradura, produtos químicos, múltiplos dejetos, etc.
Não havia sistemas de segurança nas máquinas e eram muitos os acidentes. Quem estava mais exposto aos perigos eram as crianças.


Os operários viviam em aglomerados nas periferias das cidades ou em bairros operários construídos para eles. Os salários eram gastos quase totalmente na renda da casa e na alimentação. Era importante todo o dinheiro que a família ganhava.


Introdução

Os direitos (des)humanos na 
História Contemporânea de Portugal

Gomes Freire Andrade, morreu a lutar pelos direitos e pela liberdade do próximo. D. Pedro lutou pela liberdade, de modo a que Portugal fosse um regime liberal e a sua filha pudesse governar Portugal.
Houve quem no tempo das ditaduras tivesse sido preso por ter expressado as suas ideias, e tivesse defendido o povo e a liberdade.

Houve muita gente desconhecida que se bateu para que as pessoas tivessem uma vida digna.



No trabalho que fizemos, que aqui apresentamos e que também está exposto na escola, nós estudámos esses acontecimentos e essas pessoas.


quinta-feira, 8 de junho de 2017

O Estado Novo e a repressão

Depois da queda da 1.ª República, em 28 de maio de 1926, com um golpe militar, é instaurada, em Portugal, uma ditadura que durará 48 anos. O Parlamento foi encerrado e deixou de haver liberdade.



Em 1932 Salazar foi nomeado Presidente do Conselho e, no ano seguinte, apresentou uma Constituição que foi aprovada, conseguindo amplos poderes. Foi assim criado o Estado Novo, um regime repressivo.

António de Oliveira Salazar

A repressão é um tipo de acção tomada por parte do Estado para conter e calar manifestações de oposição ao regime estabelecido.

A repressão era exercida, sobretudo, por uma polícia política que, em 1933, tinha o nome de PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado), em 1945 era denominada PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) e, em 1969, DGS (Direção-Geral de Segurança).
Mas havia outras forças policiais que também tinham essa função.


Todos aqueles de quem se suspeitava alguma manobra contra o regime eram afastados e condenados sem provas.
Eram constantes as perseguições, prisões, torturas e mortes.

Existiam prisões políti-cas em Lisboa (Aljube – 1933 - 1966), Forte de Peniche (1934 - 1974), Forte de Caxias (1936/7 – 1974) e Colónia Penal de Cabo Verde, no Tarrafal, denominada pelos próprios presos como “Campo da Morte Lenta” (1936 - 1954).

Prisão de Peniche

Os presos ficavam incomunicáveis e não tinham direito a visitas de família nem dos advogados.

A repressão só terminou com o 25 de abril.


O abolicionismo



Durante o século XVIII desenvolveu-se o abolicionismo, um movimento político que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos.

Portugal foi pioneiro no abolicionismo.
Em 1761, um alvará do rei D. José I determinava a liberdade total dos índios do Brasil.

Em 1771, em Portugal, o ministro do rei D. José, Marquês de Pombal, proibiu a escravatura no Reino (Portugal Continental): todos os filhos de escravos nascidos no Reino seriam livres.

Mas muitos negreiros continuaram a fazer transporte dos escravos africanos para o Brasil e para a América espanhola.

Em 1815, Portugal comprometeu-se em acabar com o tráfico de escravos a norte do Equador.

Um decreto de 10 de dezembro de 1836 proibiu a importação e exportação de escravos nas colónias portuguesas a sul do Equador.

Outras leis foram sendo feitas nos reinados de D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís, porque o tráfico continuava, pois dava muitos lucros.

A 23 de fevereiro de 1869, produziu-se, finalmente, a abolição "prática" e completa da escravatura no Império Português.


Escravatura

Escravatura é a existência de seres humanos que, pela força, são propriedade de outros e que vivem sem direitos

Os donos ou os comerciantes de escravos podiam comprar, vender, dar ou trocar os escravos.
O preço dos escravos variava conforme as suas condições físicas, habilidades profissionais, idade, procedência e destino.
O primeiro lote de escravos africanos transportados para Portugal foram os que a tripulação do navegador Antão Gonçalves comprou na costa do Arguim em 1441.
O desenvolvimento do comércio de escravos, com envolvimento de portugueses, aconteceu no século XVII e XVIII, com o comércio dos escravos africanos para o Brasil.
Os escravos brasileiros eram usados como mão-de-obra nas plantações e nos engenhos de açúcar, nas minas e nas plantações de outros produtos, como o café e o tabaco.
O transporte dos escravos era feito da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros.
Amontoados, em condições desumanas, no começo muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Por isso, o cuidado com o transporte de escravos aumentou para que não houvesse prejuízo com a sua perda.

Os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito, de catorze a dezasseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia). 
Passavam as noites nas senzalas (construções escuras, húmidas e com pouca higiene), acorrentados, para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente (quando um escravo se distraía no trabalho ou por outros motivos, eram amarrados em um tronco de árvore e açoitados, às vezes, até perderem os sentidos). O açoite era a punição mais comum no Brasil.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

D. Pedro IV


D. Pedro IV foi o segundo filho varão de D. João VI e de D. Carlota Joaquina.

Nasceu no dia 12 de Outubro de 1798, no Palácio de Queluz.

Em 1807, D. Pedro foi viver no Brasil, porque as tropas napoleónicas estavam a caminho de Lisboa para a 1.ª Invasão Francesa.

Quando a família Real regressou a Lisboa, D. Pedro continuou no Brasil, ocupando o cargo de regente.

Perante as exigências das Cortes para que voltasse do Brasil para Lisboa, D. Pedro recusou a ordem e decidiu proclamar a independência do Brasil e foi coroado imperador.

Após a morte do seu pai, D. Pedro foi também proclamado rei de Portugal.

D. Pedro IV resolveu os primeiros conflitos entre Liberais e Absolutistas desistindo do trono a favor de sua filha, D. Maria da Glória – D. Maria II.

Depois do seu irmão D. Miguel ter faltado à palavra e ter reposto o regime absolutista, abandonou o brasil e dirigiu se para a Europa com a sua filha, D. Maria II.

Nos Açores, assumiu a regência e preparou a expedição militar que partiu para Portugal Continental e desembarcou próximo do Porto.

Liderou o exército Liberal contra os absolutistas, vencendo a guerra civil de 1832/1834.

D. Pedro morreu no Palácio de Queluz, a 24 de setembro de 1834.


Alexandre Herculano


Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo, nasceu em Lisboa, a 28 de março de 1810. Foi escritor e jornalista.

Marcado, na juventude pelo domínio inglês e pelas ideias liberais vindas de França, participou na revolta falhada do Regimento n.° 4 de Infantaria de Lisboa contra o governo absolutista de D. Miguel (21 de agosto de 1831), o que o obrigou a refugiar-se num navio francês, nele fugindo para Inglaterra e depois para França.

Alexandre Herculano fez parte do exército liberal de D. Pedro IV que desembarcou no Mindelo e ocupou a cidade do Porto.

Alexandre Herculano dirigiu as bibliotecas reais e foi precetor do futuro rei D. Pedro V.

Foi eleito de deputado pelo Partido Cartista em 1840.

Abandonou cedo a participação na vida pública e acabou a sua vida dedicando-se à atividade rural.

Alexandre Herculano faleceu a 18 de setembro de 1877.


Almeida Garrett


Almeida Garrett nasceu no Porto, em 4 de fevereiro de 1799.

Almeida Garrett frequentou o curso de direito, mas é mais conhecido como escritor, pelos seus livros de drama e romance, tendo sido um impulsionador do teatro em Portugal.

Almeida Garrett participou na revolução liberal de 1820.

Quando D. Miguel proclamou a monarquia absoluta e começou a perseguição aos liberais, exilou-se em Inglaterra e, depois, em França.

Regressou a Portugal integrado no exército liberal de D. Pedro.


Gomes Freire de Andrade


Gomes Freire nasceu em Viena no dia 27 de Janeiro de 1757. Os seus pais eram António Ambrósio Pereira Freire de Andrade e Castro e uma Condessa Austríaca

Gomes Freire foi destinado à carreira militar. Em 1782 foi promovido a alferes e passou à carreira naval na Armada Real.

Serviu como voluntário no exército de Catarina II de Rússia em guerra contra a Turquia (1788). Distinguiu-se em várias campanhas. Também serviu, ainda, no Exército Prussiano, de 1792 a 1793, contra a França.

Voltou a Lisboa em 1793. Em 1801, participou na chamada Guerras das Laranjas contra a Espanha.

Foi em sua casa que se realizou a grande assembleia que levou à organização definitiva da Maçonaria Portuguesa, sendo logo eleito como um dos seus principais líderes.

Com as invasões francesas, integrou a “ legião portuguesa” criada por Junot e que partiu para frança em Abril de 1808. Combateu em Espanha, Alemanha, Suíça, Áustria e Polónia e participou na campanha da Rússia, até 1813.

Passou depois à Grã-Bretanha e Irlanda, regressando, finalmente, a Portugal, em Maio de 1815.

Viria a ser detido e tratado como um criminoso por ter sido acusado de participar numa conspiração contra o domínio inglês em Portugal.

Conheceu, apenas, um simulacro de julgamento, e condenado á morte e enforcado (embora tenha pedido para ser fuzilado) junto ao forte de São Julião da Barra, em Oeiras, por crime de traição á Pátria. Ficou na História como Símbolo dos mártires da liberdade.



Manuel Fernandes Tomás


Manuel Fernandes Tomás nasceu na Figueira da Foz, a 30 de Junho de 1771, numa família da burguesia.

Matriculou-se na Universidade de Coimbra e tirou o curso de direito, seguindo carreira na magistratura.

Em 1818, Manuel Fernandes Tomás fundou uma sociedade secreta, o Sinédrio, com Ferreira Borges, Silva Carvalho e Ferreira Viana.

O Sinédrio teve um papel de relevo no movimento liberal de 1820.

Manuel Fernandes Tomás foi eleito deputado às Cortes Constituintes.

Faleceu em Lisboa, em 19 de Novembro de 1822, poucos dias depois da Constituição ter sido jurada.


A guerra civil entre liberais e absolutistas



Tomando conhecimento do que se passava com a perseguição dos absolutistas aos liberais, o imperador Pedro I abdicou da coroa do Brasil para o filho Pedro II e viajou para Portugal para defender o direito ao trono português por parte de sua filha e lutar contra o seu irmão absolutista.

D. Pedro IV

D. Miguel

Em 1831, estabeleceu a ilha Terceira nos Açores como base de operações. D. Pedro partiria depois daí, para invadir o continente português a norte do Porto, na praia de Pampelido, no que ficou conhecido como Desembarque do Mindelo (8 de Julho de 1832).

Os liberais ocuparam a cidade do porto, abandonada pelos realistas (absolutistas). Depois a cidade foi cercada por estes.


Entre Julho de 1832 a Agosto de 1833 as tropas de D. Pedro estiveram sitiadas pelas forças realistas fiéis a D. Miguel. A resistência da cidade do Porto e das tropas de D. Pedro deram a vitória da causa liberal em Portugal.

Outras forças liberais libertaram o sul do país do poder absolutista e D. Pedro partiu para a capital, finalmente reconquistada pelas tropas liberais a 24 de Julho de 1833.


A guerra terminou quando os liberais derrotaram definitivamente os absolutistas e a paz foi assinada na Convenção de Évora-Monte, em 1834, o que determinou o regresso da rainha D. Maria II à coroa e o exílio de D. Miguel para a Alemanha.

Estava restaurada a monarquia constitucional ou monarquia liberal.


As conspirações absolutistas


Quem não estava de acordo com o regime liberal e pretendia restaurar a monarquias absoluta eram muitos dos membros da nobreza e do clero

Essas pessoas eram apoiadas pelo infante D. Miguel.

D. Miguel chefiou duas revoltas contra o liberalismo, acabando por ser derrotado e forçado a sair do país.

Com a morte de D. João VI, D. Pedro abdicou da coroa de Portugal a favor de sua filha, D. Maria da Glória – D. Maria II.

Para resolver os problemas entre liberais e absolutistas, D. Pedro acordou o casamento de D. Maria com D. Miguel, que poderia regressar ao país. Este governaria como regente, enquanto D. Maria não tivesse idade para governar, jurando cumprir as leis constitucionais.

D. Miguel jurou cumprir estas condições, mas depois não cumpriu com o que foi prometido e intitulou-se rei absoluto.

Iniciou-se um período de perseguição aos liberais.



A revolução de 1820


Os portugueses sentiam que D. João VI não cuidava do reino, que a metrópole se tornara numa colónia do Brasil, sob influência britânica , situação agravada ainda pelos recursos constantes para o Brasil e o permanente desequilíbrio orçamental.

Em 1818, um grupo de liberais do Porto formou uma associação secreta, o Sinédrio, que era liderada por Fernandes Tomás e tinha como objetivo preparar uma revolução.

Assim, às primeiras horas da manhã de 24 de agosto de 1820, o exército, sob a liderança dos coronéis Sepúlveda e Cabreira, revoltou-se no Campo de Santo Ovídio, no Porto. De imediato se efetuou uma reunião na Camara Municipal, formando-se uma Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, sob a presidência do brigadeiro-general António da Silveira.

De seguida a revolução espalhou-se rapidamente sem resistências para outros centros urbanos, estendeu-se a Lisboa e ao resto do país. Os ingleses foram afastados do governo e os revolucionários criaram um governo provisório que de imediato tomou medidas. As medidas tomadas foram a realização de eleições com o objetivo de escolher deputados ás cortes constituintes para elaborar uma constituição. As primeiras eleições realizadas em Portugal aconteceram em Dezembro de 1820.

Os revolucionários pretendiam o imediato retorno da corte do Brasil e a restauração da exclusividade de comércio com o Brasil.

As cortes reuniram-se solenemente em janeiro de 1821. Ainda nesse mesmo ano a corte retornou a Portugal, à exceção do príncipe D. Pedro, que permaneceu no Brasil na condição do Príncipe Regente.

No Brasil, descontente com as exigências das Cortes, o príncipe D. Pedro declarou a independência do Brasil e tornou-se o seu primeiro imperador.

A primeira constituição Portuguesa foi jurada a 23 de Setembro de 1822.



Os princípios fundamentais da Constituição de 1822 eram a liberdade e a igualdade dos cidadãos fosse qual fosse a sua origem social, acabando-se desta forma com os privilégios do Clero e da Nobreza. A Constituição consagrou a divisão do poder em três poderes – legislativo, executivo e judicial.

A conspiração de 1817

Após as invasões francesas, a situação económica em Portugal era de uma gravidade extrema.

Portugal ficou numa situação muito crítica, pois ele estivera envolvido em diversas guerras o que provocou um enorme desgaste nos vários setores da economia (comércio, agricultura e indústria). Portugal ficou mais pobre.

A família real encontrava-se no Brasil. O príncipe regente D. João quando chegou ao Brasil anunciou a abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações (1808).

O rei D. João IV foi aclamado, no Rio de Janeiro, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, não demonstrando vontade de voltar para Portugal.

Quem tinha o predomínio politico e militar em Portugal era o general William Beresford, também marechal-chefe do exército português. Os oficiais britânicos ocupavam os postos mais altos e os oficiais portugueses não encaravam bem a situação.

Em Lisboa formou-se o “Supremo Conselho Regenerador de Portugal e Algarve”, que integrava os oficiais do exército e maçons (elementos de uma sociedade secreta – a Maçonaria), com o objetivo de expulsar os britânicos do controlo militar de Portugal, assim promovendo a “salvação da independência” da pátria.

Em Maio de 1817,a sua repressão conduziu à prisão de muitos suspeitos, entre os quais, o general Gomes Freire de Andrade, acusado de ser o líder da conspiração contra a monarquia de D. João VI.

Beresford entregou toda a documentação que possui ao Marques de Borba, Governador presidente do conselho de regência por intermédio de D.Miguel Pereira Forjaz.

Em outubro de 1817, o tribunal considerou culpados de traição à pátria e sentenciou à morte, por enforcamento, doze acusados. A sua execução teve lugar no dia 18, no Campo de Santana (hoje Campo dos Mártires da Pátria).



O general Gomes Freire de Andrade foi executado na mesma data, no Forte de São Julião da Barra.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

O tema do projeto

A turma aceitou a proposta de trabalhar sobre os direitos (des)humanos porque nas aulas de HGP falamos em muitas situações em que os direitos humanos não eram respeitados: o trafico de escravos, o tribunal da Inquisição, a perseguição aos liberais,etc.

Pensámos que era interessante abordar este tema.


terça-feira, 2 de maio de 2017

Apresentação do projeto

A turma do 6º D está a desenvolver, na disciplina de História e Geografia de Portugal, um trabalho sobre os direitos (des)humanos, onde procuramos compreender como evoluiu a vida na época contemporânea (desde a revolução liberal até à atualidade), dando mais atenção aos acontecimentos e às situações em que os direitos humanos não são respeitados e às pessoas que fizeram com que houvesse mais liberdade e direitos em Portugal.


Seguimos o método do trabalho de projeto: na primeira fase tivemos a sessão de brainstorming (chuva de ideias), onde demos as nossas ideias, falámos de como vamos fazer o trabalho, como o podemos apresentar. A turma 6ºD debateu em diálogo sobre como fazer a pesquisa para desenvolver o trabalho. A turma pensou, para levar o trabalho mais além e torná-lo público, criar um canal no youtube e este blogue.



A seguir, a nossa turma decidiu fazer o mapa mental para responder a perguntas que nos pudessem ajudar a pensar e a ordenar o projeto: quem, o quê, porquê, onde e quando. Também pensámos no que podia dificultar o trabalho, para encontrarmos outras soluções.



Depois fizemos a árvore de atividades com o calendário do projeto, isto é, planificámos o trabalho ao longo do tempo e e vimos como as tarefas se ligavam umas com as outras até chegarmos aos trabalhos que queremos apresentar no fim.

Este trabalho realizou-se na nossa sala de aulas habitual e foi sendo afixado no painel da sala. Depois, para iniciarmos os nossos trabalhos de pesquisa, a turma organizou-se em grupos e passámos a ter as aulas na sala de computadores.

Nesta sala, em painéis de cortiça, estão as cartolinas com o trabalho de planificação que foi feito desde o princípio.


Todas as semanas vamos verificando o avanço do trabalho, usando quadradinhos de cores - verde, amarelo e vermelho - para registar o que já está feito, o que está ainda a ser feito e o que está em atraso.